Setembro Amarelo, a psicologia a favor da vida

Assim como os meses de novembro e agosto, dedicados à realização de campanhas educativas e de conscientização ligadas à saúde masculina, setembro é o mês em que a sociedade volta seu olhar para um problema em escala mundial, o suicídio. Uma de suas principais causas, a depressão, é ainda culturalmente aceita como um problema menor. Quando não recebe acompanhamento familiar e profissional, a depressão pode levar seu portador a desenvolver problemas psicológicos ou psiquiátricos graves, levando-o ao colapso e em casos extremos a tirar a própria vida.

A campanha se justifica pelas espantosas estatísticas sobre o tema, apuradas no Brasil pelo CVV, Centro de Valorização da Vida e pela OMS, Organização Mundial de Saúde. No mundo, a cada 45 segundos uma pessoa se suicida, e no Brasil a cada 45 minutos uma pessoa tira a própria vida. Esses números não contabilizam as pessoas que tentam, mas não conseguem concretizar o suicídio.

Mundialmente, o Setembro Amarelo é capitaneado pela IASP, Associação Internacional pela Prevenção do Suicídio, que sinaliza com a cor amarela locais públicos ou de grande visibilidade, como forma de captar a atenção dos transeuntes.

Para a psicologia, o suicídio é um assunto ainda cercado mais de perguntas do que de respostas. Uma das possibilidades de investigação está relacionada ao agravamento de quadro depressivo, em que a auto estima entra numa espiral descrescente, levando o indivíduo a desenvolver sentimentos como sensação de isolamento, não adequação e vergonha. Entretanto, o suicídio pode ser gradual, quando a pessoa deixa de cuidar da saúde, cultiva vícios ou se expõe ao perigo de forma recorrente sem necessidade.

Apoio familiar é fundamental

Homens apresentam quatro vezes mais chances de tentar se suicidar, e em parte isso se deve a convenções sociais e estereótipos que valorizam o homem que não expõe suas aflições, sentimentos ou expectativas de ordem subjetiva. A Vivace, clínica especializada em saúde masculina no Rio de Janeiro, entende que o homem precisa ser bem recebido em seus anseios tanto quanto a mulher. Com base na compreensão, no estudo de cada caso e no diálogo, a psicologia busca valorizar a experiência de cada um, colaborando para sua reinserção social e familiar.
Dra. Regina Maria Vieira
Dra. Regina Maria Vieira
Psicóloga
CRP: 05/15567